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O efeito das reformas na vida estudantil através do tempo

  • Photo du rédacteur: Sorbonne Lusofona
    Sorbonne Lusofona
  • 11 mai 2020
  • 4 min de lecture

Reformas universitárias francesas: como está o desempenho do ensino superior no país a ser afetado?


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Legenda : "Blanquer, em França, a escola tam que lutar contra as desigualdades e não as fortalecer ! Para a tua lei, dizemos não !"


No que toca este assunto, o governo já tivera posto em vigor há alguns anos várias leis relativas à gestão das universidades francesas. Tal como em 2009, a lei LRU que foi introduzida a fim de dar mais liberdade, autonomia e responsabilidade às universidades francesas. Isto permite às universidades melhorar as suas condições de vida e de trabalho para toda a comunidade universitária, reforçar a formação para um melhor sucesso dos estudantes e desenvolver a atratividade do ensino superior e das carreiras de investigação.

A lei do Fioraso em 2013, a fim de promover o sucesso dos estudantes e permitir que 50% de cada faixa etária se formem no ensino superior. A lei visa conferir ao Estado o poder de acreditar instituições de ensino superior, e não diplomas como anteriormente. A lei ORE de

2018 permitiu às universidades de adaptar-se

melhor aos estudantes e acompanhar cada estudante no caminho para o sucesso.

Uma maior facilidade de acesso ao ensino superior, um maior apoio aos titulares de diplomas de estudos secundários, com a plataforma Parcoursup, que visa tornar o acesso ao ensino superior mais justo e transparente, e a abolição do sistema de lotaria.

O Ministro da Educação francês, Jean-Michel Blanquer, está atualmente ponderando e revendo os termos e condições da nova reforma que implica um novo modelo do programa de escolha da universidade dos alunos no ensino secundário, pois pensa que este poderá "modificar a organização das escolas superiores, fazendo assim a compensação ser desnecessária". Que quer dizer o Presidente com esta expressão? Primeiro, precisam compreender que a compensação em questão se trata do facto de valida o ano universitário compensando uma má nota num semestre com uma boa no seguinte. O que o ministro pretende é que este sistema desapareça, para deixar lugar a um outro que aparenta ser bastante mais adequado, que é o controlo contínuo, que permita aos estudantes de serem avaliados sobre toda a globalidade do ano universitário, em vez de serem observados simplesmente pela melhor ou pior nota.


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Para ser possível de compreender melhor esta situação, podem utilizar como suporte a situação da transição do programa APB ao Parcoursup. O que foi observado e vivido pela população francesa, foi uma reforma que mudou completamente o sistema de escolha de escolas. Foi constatado, que o novo programa intitulado Parcoursup foi a causa de uma recessão na taxa de fracasso a entrar no ensino superior, pois cada universidade fixou pré requisitos aos seus candidatos, o que facilitou bastante a tarefa de administração e aceitação dos seus futuros estudantes. O que muda em relação ao programa antecedente, o APB, é que este funcionava com uma escolha aleatória dos estudantes para as universidades em razão de um grande número de escolhas universitárias, às quais estas não poderiam aceitar na sua integralidade, o que fez com que muitos estudantes tenham sido aceites em cursos com os quais eles não se identificavam de todo.

Para além do mais, o Parcoursup acompanha cada estudante, que não consegue encontrar um curso correspondente às formações que ele/ela desejava fazer. Sem ignorar o facto que no programa APB, o numero de escolhas possíveis era bastante largo, ele também não fornecia de um sistema de respostas tão claro quanto o Parcoursup, onde os estudantes podem ver se foram aceites ou não e quais são as condições para que estes possam frequentar a escola desejada.

Como todas as novas reformas, a implementação do Parcoursup foi recebida com bastantes críticas no seu primeiro ano de lançamento. Várias foram as manifestações contra este programa, causadas pela falta de comunicação entre os alunos e as escolas. Isto aconteceu porque o programa aparentava prometer aos estudantes, um fim da escolha aleatória das suas universidades, como também um lugar definido numa das escolas das quais eles desejariam de frequentar. Um dos outros problemas essenciais foi a escolha seletiva dos alunos: muitos foram aqueles que tiveram mais dificuldades e um tempo de espera das respostas mais prolongado pela simples razão dos seus setores se encontram mais afastados da universidade. Para pôr em perspetiva, os estudantes que moram em Paris ou nos arredores da cidade, viram um tempo de espera pela resposta das suas universidades de preferência muito mais reduzido àquele dos estudantes que não vivem na região parisiense, o que demonstrou uma verdadeira seleção dos alunos, como foi a experiência de uma das redatoras de este artigo, Marina Alves que experienciou um tempo de espera para ser aceite em Sorbonne Université bastante mais prolongado que outras pessoas vivendo mais perto de Paris.

Apesar do sucedido, muitos sindicatos tiveram a oportunidade de discutir com o ministro da educação, onde foi provado que apesar de toda a comoção criada, o programa gerou muito mais admissões no ensino superior que o programa antecedente, APB. Cerca de 538000 alunos receberam uma proposição de admissão numa das escolas escolhidas, ou seja, mais de 40000 alunos do que o ano passado foram aceites numa das universidades onde queriam fazer um curso.


Porque é que bastantes pessoas se revoltaram contra esta nova reforma?


Pois o sistema Parcoursup aparenta ser um programa bastante desigual para os estudantes que desejam aceder ao ensino superior, por causa desta "classificação social" dos alunos, e uma mudança radical das provas do Baccalauréat (exames finais em França), que passaram a ser feitos sobre controlo contínuo.


Quem se manifesta?


Os sindicatos do ensino superior, como também muitas associações do ensino secundário. A FCPE (Federação dos pais de alunos) e o SNES (Sindicato dos professores do ensino secundário) fazem parte também do grupo de manifestantes. Com o movimento da Sorbonne en lutte (Sorbonne em luta), que mira na defesa dos estudantes mais precários que continuam os seus estudos apesar das suas situações, muitos doutorandos, como jovens professores-pesquisadores, pessoal técnico e administrativo se manifestam para defender e denunciar a situação na qual eles se encontram para continuar a preformar os seus trabalhos/estudos.


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Artigo escrito por : Marina A. , Henrique D.O. e Laura N.

 
 
 

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