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Erasmus: expectativas e realidade

  • Photo du rédacteur: Sorbonne Lusofona
    Sorbonne Lusofona
  • 7 mai 2020
  • 5 min de lecture

Dernière mise à jour : 11 mai 2020

Erasmus+ é um programa que parece atrair a muitos estudantes, devido por a sua dimensão de viagem, experiência e descoberta e tudo isso sem perder anos nos estúdios e a menor custo. O programa Erasmus foi criado em 1987 com o objetivo de promover a livre circulação no espaço Schengen, um acordo assinado dois anos antes, e igualmente de reforçar a relação entre os países europeus permitindo aos estudantes estudar vários meses num país da CEE. Trinta anos depois a sua criação, este programa terá comprido os seus objetivos? Na sua criação, o programa era destinado a estudantes do ensino superior que queriam estudar em universidades europeias por alguns meses. Existiam também outros programas destinados à formação profissional ou ao secundário. Mas desde o 1° de janeiro de 2014, a comissão europeia tem reunido estes programas dedicados à formação e educação, e adicionou a temática do desporto, sobre o nome de Erasmus+. Neste artigo vamos nos interessar mais particularmente aos participantes de estudos superiores. Com efeito, em 2018,Os estudantes representam mais de 57% dos participantes do programa.

Para permitir estudar no exterior, o programa Erasmus+ disponibiliza uma bolsa de estudos. Esta bolsa pode variar entre 150 e 300 euros por mês segundo o país de destinação. Além disso, se o participante já tem uma bolsa sobre critérios sociais, vai tê-la em paralelo. O estabelecimento escolar recebe a bolsa Erasmus+ e é responsável por dar o dinheiro aos seus participantes. Por isso a data do pagamento ao aluno é aleatória. No entanto, qualquer aluno que queira ir para um país estrangeiro não será necessariamente selecionado para o programa. Com efeito, existe uma seleção em cada estabelecimento escolar baseado em, por exemplo, notas obtidas nos semestres anteriores.


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As pessoas que podem participar ao programa Erasmus são: - Estudantes que concluíram o primeiro ano de estudos universitários e que são cidadãos de um dos países elegíveis ou que têm estatuto de residente permanente, apátrida ou refugiado político - professores do ensino superior. Neste artigo, focaremo-nos nos alunos.

A migração de estudantes cresceu nos últimos anos na Europa. As características e qualidades individuais exigidas diretamente ou indiretamente aos estudantes estão fortemente ligadas às suas características acadêmicas e sociais, é por isso que, nem todos os alunos vão ser aceites para uma estadia no estrangeiro. No sistema Erasmus, existem "afinidades seletivas", que revelam o caráter relativamente elitista do sistema. Este processo que evocamos designa a probabilidade desigual de um aluno poder escolher seu destino em função do nível de prestígio institucional do seu estabelecimento de origem.

De facto, nem todos os estudantes europeus enfrentam a mesma oferta de mobilidade. Na França, por exemplo, o sistema duplo afeta a quantidade e a "qualidade" dos intercâmbios. A título de exemplo, é muito mais complicado ir para a Grã-Bretanha porque o país aparece como o primeiro destino de estudantes; portanto, os critérios de seleção são ainda mais difíceis. São as qualidades académicas, mas mais amplamente sociais, que regem o processo de seleção dos estudantes Erasmus e guiam indiretamente a sua escolha em termos de destino.

Vamos agora analisar as maiores probabilidades de participar ao programa Erasmus; Para começar, o facto de estar numa grande escola e que ter um bom registo académico ajuda, de facto, as qualidades individuais atribuídas aos estudantes migrantes estão fortemente ligadas às características académicas e sociais. A universidade, em comparação com as grandes escolas, não beneficiou muito da abertura internacional. Mais de 40% dos estudantes veem de grandes escolas e de outras escolas de engenharia, enquanto essas escolas representam apenas 5% das instituições francesas. Além disso, ter e viver num contexto sociocultural privilegiado também aumenta as probabilidades de participar ao programa: os estudantes Erasmus aparecem socialmente e culturalmente bem armados. De facto, existe uma sobre-representação significativa das categorias sociais favorecidas entre os estudantes Erasmus. Por fim, uma das características da população Erasmus é realmente o seu passado migratório relativamente rico. É provável que estudantes de origens mais privilegiadas tenham mais viajado, de modo a manter uma certa aptidão à mobilidade por isso, ter viajado é uma verdadeira vantagem.

É importante também de falar dos sentimentos e das dificuldades que podem ressentir os estudantes neste tipo de experiência intercâmbios porque claro que talvez pintam o retrato errado sobre seus países de troca. Quanto maiores as expectativas são, maior é a possibilidade de ficar desapontado por várias razões. Problemas financeiros: Embora a maioria dos estudantes Erasmus receba uma bolsa para os apoiar financeiramente, o mais provável é que não cubra todas as despesas. Os estudantes podem sentir a necessidade de ter um trabalho extra para pagar as suas despesas, ou até mesmo pedir ajuda aos seus pais. Programa de estudo incompatíveis Os estudantes Erasmus têm frequentemente problemas em encontrar cursos semelhantes aos que teriam tido no percurso académico em casa. Uma vez ultrapassado este padrão, o estudante corre o risco de ser confrontado com outro tipo de ensino, com outros tipos de avaliações, com outras expectativas dos professores e outras formas de trabalhar. Há também o maior pesadelo de todos eles: créditos ou ECTS. Há muitos estudantes que acabam por ser obrigados a candidatar-se a mais cursos para compensar a falta de créditos. Problemas com aprendizagem de uma língua Pode parecer muito fácil em teoria. Na prática, as coisas não costumam correr assim. Melhorar suas habilidades linguísticas não é tão fácil quando você está cercado por um grupo internacional de pessoas, todos usando inglês. Além disso, uma grande parte dos estudantes Erasmus escolhe cursos ministrados em inglês, para garantir que todos os exames sejam aprovados. Mas um conhecimento básico da língua estrangeira nem sempre é suficiente para enfrentar a dificuldade dos cursos ou integrar-se no meio estudantil. Problemas organizacionais: Seja na administração: os formulários administrativos, a inscrição nos cursos, as assinaturas, o arrendamento, os seguros, ... Nem sempre é fácil. A gestão do orçamento: o pedido de obtenção e a utilização de um cartão de crédito, as faturas, a gestão quotidiana do seu orçamento e das suas despesas. A gestão do tempo: gerir o seu tempo de estudo, o seu tempo livre, o seu tempo de trabalho, a descoberta do país de acolhimento, a partilha com novos amigos, ... Tudo isto exige também uma boa organização. Problemas culturais O sentimento de se sentir um estranho: não é fácil estabelecer laços desde o início. O modo de vida no estrangeiro é, por vezes, muito diferente do que se conhece em casa. Os hábitos, as regras, as perceções, o humor, a tolerância, etc, próprios de outra cultura exigem uma nova aprendizagem e uma adaptação. Felizmente, estes problemas desaparecem com o tempo e são bastante gratificantes para o estudante se ele conseguir acompanhar a situação. Problemas emocionais Viver longe dos seus pontos de referência e fazer face a uma integração de longa duração nem sempre é fácil. Portanto, é normal ter períodos de dúvida ou de nostalgia.

Em conclusão, o programa Erasmus pode parecer por frente um programa com vários pontos positivos para os alunos, seja para descobrir outros países, outras línguas, outras culturas... Mas temos que ser realistas e ver que frequentemente este programa é uma vantagem para os estudantes vivendo em meios mais favorecidos do que estudantes vivendo em situações precárias bem que existem ajudas, não é suficiente par cobrir tudo. O programa Erasmus não terá cumprido todos os seus objetivos.



Artigo escrito por : Marina P. , Clarisse D.C. e Coline L.M.


 
 
 

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